22 janeiro 2016

MOVIE TIME #2



O segundo filme do ano! Isto até que não está a correr nada mal!
O segundo filme que vi, mas que era para ser o primeiro, como expliquei no último post, foi A Rapariga Dinamarquesa. Sabem aqueles filmes que são mais do que um murro no estômago, que nos dão um abanão astronómico, que nos fazem questionar o que temos feito da nossa vida, se a temos aproveitado realmente, e se estamos a caminhar no sentido correto?! Pronto, é tudo isso e muito mais que este filme, me fez pensar. Saí da sala de cinema a dizer mentalmente todos os palavrões que me ocorriam e a tremer por todos os lados.




Se eu já admirava o Tom Hooper, o realizador d' O Discurso do Rei e Les Misérables, depois deste filme fiquei a idolatrá-lo! Por sua vez o meu Eddie Redmayne, o meu ator favorito, aquele que eu amo de paixão, deixou-me, uma vez mais, pois já com A Teoria de Tudo me tinha impressionado, sem chão. Bolas, como é que possível haver tanto talento numa só pessoa, não admira que depois hajam uns que, coitadinhos, não dão uma para a caixa, tendo em conta que o Eddie ficou com uma grande parte do talento (ahahahaha!!!). O Eddie é de uma sensibilidade, uma subtileza, uma classe, uma versatilidade (põe versatilidade nisso!), de outro mundo, absolutamente fenomenal. E a Alicia Vikander, considerada pela Academia atriz secundária, é para mim tão ou mais protagonista que o Eddie. Nunca a tinha visto trabalhar, mas fiquei rendida. Além de super bonita, é de uma intensidade interpretativa avassaladora. Eleva a sua personagem, Gerda Wegener, ao expoente da perfeição.


Se no início nos é apresentado um casal de pintores com uma relação mais que perfeita, no decorrer da história somos confrontados com twist que, pelo menos a mim, me fez questionar todo o que tenho vivido, e se realmente, aquilo que consideramos obstáculos e coisas menos positivas, são alguma coisa comparativamente com, por exemplo, vivermos num corpo que sentimos não nos pertencer. E não, não falo de celulite, pança, ou flacidez, falo mesmo de um todo, o de sermos alguém que não sentimos ser...parece estranho não é?! Mas foi exatamente o que Einar Wegener sentiu, ter um corpo masculino, quando na realidade encurrala uma Lili no seu interior.



Se tudo isto ainda não vos despertou qualquer sentimento, aproveito para vos dizer que o clique que despertou a Lili foi dado por Gerda, a esposa de Einar, e que ela mesma o apoiou na sua transição e que esteve sempre ao seu lado! 



A transição é feita de uma forma brilhante, o Eddie criou uma Lili maravihosa, uma autêntica senhora, como muita classe, recatada e encantadora.



Eu podia ficar aqui o dia a todo a contar-vos a história, pois quando eu gosto mesmo de um filme pareço uma metralhadora a disparar informação, e uma coisa vos garanto, este é, sem sombra de dúvida, o filme mais bonito, mais comovente (sim, eu chorei que nem uma madalena arrependida), mais todo e mais alguma coisa, que eu já vi, e fez-me pensar muito, muito, muito ao ponto de ter demorado imenso tempo a adormecer, sem que o filme me saísse da cabeça, pois uma coisa vos garanto, não me sairá do coração.


O filme concorre a quatro Óscares, entre os quais o de melhor ator para o Redmayne e o de melhor atriz secundária para a Alicia, a probabilidade do Eddie ganhar é reduzida uma vez que tem o DiCaprio como adversário que, ao que tudo indica levará a estatueta para casa, e a Alicia, concorre frente a frente com a Kate Winslet, sim é isso mesmo que estão a pensar, a dupla do Titanic. Sou fã dos quatro, mas assumo a minha preferência pelo Redmayne e pela Alicia. Afinal, fizeram-me chorar.


Façam um favor a vocês mesmos e vão ver este filme, prometo que não se irão arrepender:


Quem é amiga,quem é?!



8 comentários:

  1. Já ando para ir ver este filme há imenso tempo! A ver se é o próximo. Gostei muito de ler a tua crítica :)

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  2. Tenho imensa curiosidade em ir ver este filme, e depois de ler o teu post ainda fiquei com mais vontade.
    Adorei mesmo :)
    Beijinhos**
    http://marciadamas.blogspot.pt/

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  3. Também já quis ir ver este filme mas depois vi que já estava disponível online, só faltou ainda foi a oportunidade mas estou muito curiosa para o ver. Hoje também fiz uma review no meu blog sobre um filme que vi ontem.
    Já agora comecei a seguir o teu blog, gostei muito <3

    Um grande beijinho,
    http://secretsofablondie.blogspot.pt

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  4. Adorei a tua crítica e a forma como me convenceste a ve-lo, sem desvendares a história :)
    Vou mesmo ver :)

    Htpp://batomagridoce.blogs.sapo.pt

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  5. Ainda nao vi ,mas pretendo ver dúvida.

    http://odiariofemininoblog.blogspot.pt/

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  6. É daqueles filmes que está mesmo na nossa lista de filmes a ver e não pode demorar muito mais. Depois de lermos esta review ainda temos mais vontade! Obrigado pela partilha! :)

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  7. Curiosamente este e o "Joy" ficaram em 19º e 20º, respectivamente, na minha lista de 20 filmes favoritos de 2015. De uma forma geral, gostei do "Danish Girl" mas senti falta de mais. A história não foi desenvolvida ao máximo e não deram o ênfase necessário à questão emocional. Ainda por cima quando fiquei a saber que metade da história que promovem como "baseada em factos reais" estava completamente diferente, fiquei um pouco desiludido. De qualquer modo, as interpretações do Eddie e da Alicia foram absolutamente fantásticas e até chorei! Este ano é do Leonardo, não há sequer dúvidas, mas entre a Kate e a Alicia, preferia mil vezes ver a segunda a ganhar o Óscar. A Winslet é das minhas actrizes favoritas, mas o filme "Steve Jobs" é uma anedota. Se gostaste da performance da Alicia Vikander, aconselho-te o filme "Ex_Machina", é brilhante!

    Ricardo, The Ghostly Walker.

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